quinta-feira, 2 de maio de 2013

1º DE MAIO: dia de luta dos trabalhadores!


O 1º de Maio foi criado em 1889, por um Congresso Operário Socialista em Paris, em homenagem à greve geral de 1º de maio de 1886 em Chicago (EUA) e aos seus dirigentes, enforcados por lutar pela redução da jornada de trabalho para 8 horas.

Desde então, o movimento operário mundial fez dessa data o símbolo da luta pela emancipação dos trabalhadores de t
oda a forma de exploração e opressão, afirmando suas reivindicações e a independência dos trabalhadores diante dos patrões e governos a seu serviço.

O caráter de luta do 1º de Maio nunca agradou às classes dominantes, daí a pressão para transformá-lo numa “festa do trabalho”, com o patrocínio de governos e empresários. Foi o que ocorreu no Brasil nos “anos de chumbo” da ditadura militar (1964/1985).

O jornal “O Trabalho” foi lançado em 1º de Maio de 1978, saudando a realização de uma manifestação operária (foto) independente em Osasco (SP), Nele podia-se ler: “Depois de 10 anos, é a primeira vez que isso acontece: os trabalhadores vão se reunir no dia 1º de maio para falar mais alto em liberdade e democracia” [saiba mais: http://tinyurl.com/d3kkuy8 ].

Essa é uma tradição que vem sendo esquecida ou desnaturada e que deve ser resgatada. Sim, pois nos últimos anos temos visto atos de 1º de maio que não levantam qualquer reivindicação e muitas vezes com o patrocínio de empresas que exploram os trabalhadores, como Bradesco, Brahma, Petrobras, Caixa, e de governos.

A CUT nacional orientou para os atos de 1º de Maio a cobrança da plataforma de reivindicações entregue em Brasília na marcha de 6 de março passado, na qual se exigia as 40 horas já, o fim do fator previdenciário, o investimento público maciço em Saúde e Educação, negociação coletiva no setor público, reforma agrária, combate à terceirização, dentre outras.

Já a CUT-SP adotou o eixo “Desenvolvimento econômico e sustentabilidade” (!?), com atividades recreativas e culturais, sem qualquer referência àquela pauta. Esperemos que pelo menos desta vez não haja patrocínio de grandes empresas públicas ou privadas! 

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