A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira que o governo está preparado para enfrentar esta segunda etapa da crise financeira internacional com “mais sabedoria e melhores instrumentos.”
Para ela, a crise não pode ser um argumento para que conquistas ambientais e de inclusão social sejam perdidas. “Quem aposta na crise, como apostaram no passado, vai perder de novo”, afirmou a presidente durante a cerimônia em que anunciou um pacote ambiental, às vésperas do início da Conferência Rio+20.
Dilma afirmou que o governo continuará estimulando os investimentos públicos, privados e o consumo como forma de combater os efeitos da crise financeira global. “Ainda temos um arsenal de providências, que será adotado quando necessário”, assegurou.
Hoje de manhã, no Rio, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, anunciou hoje que o banco de fomento reduziu juros de capital de giro para até 6% ao ano. Além disso, ampliou a abrangência de seu programa de financiamento a capital de giro.
Na véspera, Coutinho foi um dos convocados pela presidente Dilma Rousseff a participar de reunião ministerial para debater a aceleração dos investimentos públicos e discutir medidas para reanimar os investidores privados.
Além de Coutinho, estavam presentes os ministros da Fazenda, Guido Mantega, do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, a chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, a ministra do Planejamento, Miriam Belchior, da Saúde, Alexandre Padilha, da Integração, Fernando Bezerra e da Ciência e Tecnologia, Aloizio Mercadante. Estavam, ainda, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Nelson Barbosa, e o do Tesouro Nacional, Arno Augustin.
A presidente acionou sua equipe porque está preocupada com a disseminação da expectativa de que o crescimento da economia brasileira este ano não passará de 2% a 2,5% - pior, portanto, que os 2,7% do ano passado.
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